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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

fietspaden




Eu sou a favor de qualquer política que desincentive o uso de carros: criação de ciclovias, leis que proíbem mais de uma vaga de garagem em prédio, entre outras. Coisas como: duplicação de faixas em avenidas, viadutos... só incentivam o uso de carros. E se você tem um lugar que tem trânsito, e você duplica as faixas, por alguns meses ali não terá trânsito mais. Mas em pouco tempo voltará a ter. Porém a economia do Brasil gira em torno de carro. Isso é um problema muito sério.
Se você pensar porquê as pessoas usam carro, temos algumas respostas:
- é muito mais seguro
- é muito mais confortável
- é muito mais rápido 
Bicicleta, ônibus, a pé: 
- não é seguro 
- não é confortável 
- não é rápido
No fim das contas: se todo mundo tivesse condição de comprar carro, compraríamos, certo? Ao criar políticas que desincentivam e dificultam o uso do carro no país, aos poucos as pessoas passarão a obrigatoriamente usar o transporte público e/ou outros meios. Eu por exemplo, tem vez que vou de carro pra faculdade. Porém tenho que acordar no mesmo horário que se eu fosse de ônibus pra conseguir uma vaga na rua, que é cobrado rotativo inclusive. Ao usar o transporte público, automaticamente as pessoas que não sabem o CAOS que é, começam a saber. E começa a aumentar o número de pessoas cobrando melhorias para o governo não só no transporte mas também na segurança de poder transitar na cidade. Essa é uma das formas de conseguir melhorias: número de pessoas, demanda. 



Criar ciclofaixa é uma excelente maneira de incentivar o uso de bicicleta, desincentivar o uso de carros e uma forma de dar segurança ao ciclista. Claro que existem alguns problemas:
- é perigoso andar de bike porque os motoristas no Brasil não são educados a respeitar ciclista e dar a preferência para eles e/ou pedestres
- é perigoso andar de bike por causa de assaltos. É muito mais vulnerável do que moto, carro
- as cidades no brasil são muito grandes, tem lugares que fica inviável pedalar
- o brasil é muito quente
Porém, com políticas que facilitam o trânsito de bikes nos transportes públicos e, novamente, ciclovias, alguns desses problemas também podem ser reduzidos. O que eu quero dizer é que: os problemas das cidades não são pontuais. Um problema puxa o outro que puxa o outro. Mas tem que começar de algum lugar, certo?


"The Netherlands’ problems were and are not unique, their solutions shouldn’t be that either."

domingo, 7 de setembro de 2014

een maand


Hoje completa-se um mês que saí do Brasil e vim para essa aventura. Por pura coincidência, hoje é o dia de comemorar a Independência.
Desde a chegada até agora estive em Portugal, Irlanda e claro Holanda. Que na verdade, não é Holanda!



Aqui, muita coisa é diferente. Nem melhor nem pior, mas diferente. Ao voltar pro Brasil, estarei desacostumada com uma série de coisas:
  • A carga horária na faculdade é muito menor e as aulas não são tão cedo. O dia que minha aula começa mais cedo é 11:00, e poucas horas (2 ou 3) por dia, quando tem. Além do mais, nunca ficamos mais de 1h dentro de sala de aula. Mesmo a aula no dia sendo 1:45 de duração, o professor dá um intervalo no meio! E exatamente por isso você não tem liberdade para simplesmente sair da sala, nem muito menos chegar atrasado.
  • Trânsito: não existe. A cidade é muito pequena então a maioria das pessoas usam bicicleta mesmo.
  • Por falar em bicicleta, que experiência mágica. E como vai ser voltar para o Belô nesse clima? Difícil acostumar com as distâncias porque aqui é tudo muito perto.
  • Em bicicleta ainda: sem ciclovias é difícil ficar seguro. Ainda mais no Brasil, onde não fomos educados para respeitar ciclista, fora o fato de que aqui tem muito menos carro/trânsito!
  • Segurança: não tem como...não existe assalto! Já voltei de bicicleta 3:00 com muita segurança. Furto sim, assalto não.
  • Está calor agora, mas com certeza nem perto do calor brasileiro.
Sobre a língua, dá pra se virar. No começo tem um pequeno choque porque muita coisa é diferente. Eu acho a língua interessante e gosto de poder estar na rua e entender algumas coisas sem ter que perguntar. Já vi alguns vendedores que não sabiam inglês. E outras pessoas com o sotaque muito carregado que não dava pra entender quase nada. Mas eu tento aprender não pra conversar, mas sim pra ler. Um panfleto de algum evento, caixas de banco, produtos nas lojas. Algums termos com tempo todos pegam: ingang (entrada), uitgang (saída), dank u wel (obrigada), tot ziens (tchau, até mais), vrij (livre), korting (desconto), actie (promoção), vanaf. (a partir de). Naturalmente já incorpora-se a língua. Já me peguei muitas vezes lendo coisas e entendendo e só depois que vi que tava em holandês e não em inglês.

De qualquer forma fica aí meu primeiro registro. Groningen é uma cidade muito legal, estou amando! Outro dia fui à um lago aqui perto, fiquei extasiada (foto). Ainda bem que é perto da minha casa :D